sexta-feira, 11 de julho de 2008

A divisão da Alemanha

A derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial resultou na divisão do país, que se tornou o marco de dois blocos político-econômicos antagônicos. Era o início da Guerra Fria. A Alemanha permaneceu dividida até 1990.
As tropas alemãs capitularam definitivamente em 8 e 9 de maio de 1945. Os membros do último governo do Reich, encabeçado pelo almirante Karl Dönitz, foram presos. Juntamente com outros líderes da ditadura nazista, ele respondeu por crimes de guerra e contra a humanidade perante o Tribunal de Nurembergue, instaurado pelos Aliados.
As quatro potências vencedoras ─ Estados Unidos, Reino Unido, França e União Soviética ─ assumiram o poder e dividiram o território alemão em quatro zonas de ocupação. Sob o controle soviético ficaram os territórios a leste dos rios Oder e Neisse. Berlim também foi dividida em quatro setores.
Os diferentes sistemas de domínio no Ocidente e no Leste geraram divergências entre os Aliados, que não conseguiam definir uma política comum para a Alemanha vencida. Na Conferência de Potsdam, que ocorreu entre 17 de julho e 2 de agosto de 1945 para estabelecer as bases de uma nova ordem européia no pós-guerra, só houve consenso quanto a quatro ações prioritárias na Alemanha: desnazificar, desmilitarizar, descentralizar a economia e reeducar os alemães para a democracia.
Muitas indústrias alemãs haviam escapado dos bombardeios, mas a pequena oferta de produtos estava longe de suprir a demanda, e os Aliados confiscaram grande parte da produção para o pagamento da reparação de guerra. A política econômica restritiva dos Aliados só mudou quando se impôs a convicção de que a Alemanha Ocidental poderia ser um importante baluarte contra o avanço do comunismo soviético.
Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrift: Aliados na Conferência de Potsdam. Da esquerda para a direita: o primeiro-ministro britânico Winston Churchill, o presidente norte-americano Harry Truman e o chefe de Estado e governo soviético, Josef Stalin, em agosto de 1945Embora recebesse ajuda dos EUA desde 1946, foi só com o programa de luta contra "a fome, a pobreza, o desespero e o caos" que a Alemanha Ocidental recebeu o impulso decisivo para iniciar sua reconstrução. O chamado Plano Marshall disponibilizou 1,4 bilhão de dólares de 1948 a 1952.

A Zona de Ocupação Soviética não teve a mesma sorte, tendo que arcar sozinha com os custos de sua recuperação, além de sofrer a sangria das reparações de guerra (que também afetou a parte ocidental) e o esvaziamento pela desmontagem de fábricas, estradas de ferro e instalações que eram levadas para a União Soviética.

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