sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Guerra no Vietinã

Ao longo de sua história, o território vietnamita foi marcado por uma longa sucessão de conflitos e guerras. Durante o período imperialista, o Vietnã – juntamente com o Laos e o Camboja – foi alvo da dominação política e econômica exercida pelos franceses. No entanto, no ano de 1939, um grupo político comunista liderado por Ho Chi Min encabeçou uma luta contra a presença francesa na região. Logo depois, esse mesmo movimento teve que fazer frente ao interesses imperialistas japoneses na região.
Passado os conflitos da Segunda Guerra, os vietnamitas ainda tiveram que sofrer com as lutas travadas na Guerra da Indochina, conflito onde a França tentou retomar o controle da região. Essa guerra só chegou ao fim quando os comunistas ligados à Liga da Independência conseguiram derrotar os franceses na Batalha de Diem Bien Phu, em maio de 1954. Depois disso, as negociações diplomáticas firmadas com o Tratado de Genebra dividiram o país em Vietnã do Norte e Vietnã do Sul.
Entretanto, segundo esse mesmo tratado, um plebiscito deveria decidir se o território vietnamita seria reunificado ou mantido em dois diferentes Estados nacionais. Naquela época, a possibilidade de reunificação do território sob o comando de um regime socialista apavorava as pretensões políticas e econômicas das grandes nações capitalistas. Por isso, naquele mesmo ano, Ngo Dinh Diem, primeiro-ministro do Vietnã do Sul, implantou uma ditadura anticomunista apoiada pelos Estados Unidos. Paralelamente, os Estados Unidos começaram a enviar tropas e fornecer treinamento militar para que a nova ditadura sulista tivesse condições de impedir a ação dos comunistas do Vietnã do Sul. Em resposta, os grupos comunistas sul-vietnamitas – naturalmente apoiados por Ho Chi Min – criaram a Frente Nacional de Libertação (FNL), movimento guerrilheiro dedicado a por fim na intervenção norte-americana na região. O conflito entre o norte e o sul começou em 1957, quatro anos depois os EUA passaram a participar do confronto, enviando conselheiros militares. Logo em seguida, com o assassinato de Dinh Diem, os EUA começaram a utilizar de seus exércitos para lutar contra o avanço do vietcongues, nome dado aos comunistas que participaram da guerra. Para justificar sua ação, os EUA acusaram o Vietnã do Norte de participar do ataque a embarcações norte-americanas no Golfo de Tonquim. Em tese, a superioridade bélica das forças ocidentais deveria fazer daquela guerra um conflito de curta duração. O uso de armas de última geração, armas químicas, bombas de fragmentação e as famosas bombas de napalm garantiriam o triunfo contra os comunistas. Entretanto, as táticas de guerrilha e o exímio conhecimento territorial possibilitaram vitórias significativas aos vietcongues.
A primeira delas ocorreu em janeiro de 1968, período marcado pela famosa “Ofensiva do Tet”. A resposta foi logo dada com um violento ataque, onde os EUA e o Vietnã do Sul provocaram milhares de morte e acuou cerca de dois milhões de civis refugiados. Ao mesmo tempo, diversos ataques da opinião pública norte-americana reclamavam da matança de jovens soldados que lutavam por uma causa não reconhecida por boa parte dos norte-americanos. Ao mesmo tempo, a cobertura de diversos veículos de comunicação denunciava os horrores daquele prolongado conflito.Sem conseguir resolver militarmente a questão e derrotado em diversos confrontos, o governo norte-americano saiu da guerra com a assinatura do Acordo de Paris, em 1973. Nos três anos subseqüentes ainda houve conflitos na região, configurando agora, uma guerra civil no Vietnã. Em 1976, o grupo comunista venceu a guerra, formando a República Socialista do Vietnã. Ao total, a Guerra do Vietnã foi responsável pela morte de três milhões de vietnamitas, contando as perdas militares e civis.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

A história da moda dos anos 60



Os anos 50 chegaram ao fim com uma geração de jovens, filhos do chamado "baby boom", que vivia no auge da prosperidade financeira, em um clima de euforia consumista gerada nos anos do pós-guerra nos EUA. A nova década que começava já prometia grandes mudanças no comportamento, iniciada com o sucesso do rock and roll e o rebolado frenético de Elvis Presley, seu maior símbolo.
A imagem do jovem de blusão de couro, topete e jeans, em motos ou lambretas, mostrava uma rebeldia ingênua sintonizada com ídolos do cinema como James Dean e Marlon Brando. As moças bem comportadas já começavam a abandonar as saias rodadas de Dior e atacavam de calças cigarette, num prenúncio de liberdade.
Os anos 60, acima de tudo, viveram uma explosão de juventude em todos os aspectos. Era a vez dos jovens, que influenciados pelas idéias de liberdade da chamada geração beat, começavam a se opor à sociedade de consumo vigente.
O movimento, que nos 50 vivia recluso em bares nos EUA, passou a caminhar pelas ruas nos anos 60 e influenciaria novas mudanças de comportamento jovem, como a contracultura e o pacifismo do final da década.Nesse cenário, a transformação da moda iria ser radical. Era o fim da moda única, que passou a ter várias propostas e a forma de se vestir se tornava cada vez mais ligada ao comportamento.
Conscientes desse novo mercado consumidor e de sua voracidade, as empresas criaram produtos específicos para os jovens, que, pela primeira vez, tiveram sua própria moda, não mais derivada dos mais velhos. Aliás, a moda era não seguir a moda, o que representava claramente um sinal de liberdade, o grande desejo da juventude da época.